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Arquitetos: Proof of the sum
- Área: 11700 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Marcel van der Burg, Egbert de Boer
Descrição enviada pela equipe de projeto. Pivot Park - O Pivot Park, localizado em Oss, é um campus dedicado à inovação aberta na área de descoberta e desenvolvimento de medicamentos, atendendo tanto startups quanto empresas consolidadas. A inovação aberta é o fator central para o sucesso do Pivot Park. O campus oferece acesso a instalações de P&D de alta qualidade e promove o intercâmbio de conhecimento entre empresas de todas as etapas do desenvolvimento de medicamentos, tornando-se um polo farmacêutico de destaque nos Países Baixos. Em breve, o edifício Marie Curie receberá mais de 350 profissionais que estarão focados no desenvolvimento de novos tratamentos e medicamentos, principalmente para o câncer.
Posição Estratégica - O edifício Marie Curie está em uma posição estratégica no plano diretor, sendo a primeira estrutura visível ao entrar no estacionamento e caminhar em direção ao Pivot Park. Por esse motivo, foi projetada uma base semipública em duas de suas laterais. A entrada principal fica em um dos cantos do prédio, onde a fachada foi ampliada em altura dupla para proporcionar uma vista para o centro do campus. Logo após a entrada, há uma arquibancada central destinada a palestras e eventos. Essa escadaria serve como ponto de partida para o trajeto público dentro do edifício.
Polinização Cruzada Planejada e Não Planejada - Além dos escritórios e espaços de pesquisa, o prédio de quase 12.000 m² oferece salas de reunião compartilhadas, áreas de co-working, terraços e espaços de convivência. Essas funções compartilhadas estão distribuídas pelo átrio central, acessível a todos os usuários. O átrio não é completamente visível de imediato, mas percorre a estrutura de concreto exposta como um cânion. Ao longo desse caminho, há espaços que incentivam encontros planejados e casuais, promovendo a troca de ideias. A iluminação, integrada à estrutura de suporte, guia discretamente o trajeto. O átrio se abre em alguns pontos para a fachada: no térreo, isso é marcado pela escadaria-tribuna, e no segundo e quarto andares pelos amplos terraços. O recuo da fachada na altura dos terraços permite que a luz natural ilumine profundamente o átrio.
Planta flexível - A planta é dividida em quatro quadrantes, cada um com uma unidade locável de aproximadamente 250 m². Em cada unidade, até 70% do espaço pode ser destinado a laboratórios e, no mínimo, 30% a escritórios. As unidades podem ser facilmente interligadas, permitindo que um locatário ocupe um andar completo, se necessário. Os laboratórios químicos e biológicos são projetados de forma flexível e modular, adaptando-se a diferentes necessidades de uso e possíveis expansões futuras. Essa flexibilidade também se estende aos equipamentos modulares dos laboratórios.
Sustentável - Apesar da estrutura principal de suporte em concreto, foi desenvolvida uma casca totalmente flexível. As áreas locáveis não possuem vigas e têm pé-direito generoso, facilitando a adaptação a extensas instalações técnicas. Essas instalações são livres de combustíveis fósseis e, juntamente com as persianas solares passivas, a iluminação de baixo consumo, os elevadores, a recuperação de calor e os painéis solares, contribuíram para a recente certificação BREEAM.
Número limitado de materiais - O uso de materiais no edifício Marie Curie foi intencionalmente limitado. Para a fachada, as esquadrias de janelas são feitas de alumínio reciclado, com lâminas tubulares na frente que reduzem a penetração direta da luz solar em cerca de 20%. A estrutura de suporte em concreto e os elementos de estabilidade foram deixados à mostra e visualmente reforçados no átrio por meio de iluminação linear. As áreas comuns são revestidas com camadas de impressão de piso que alternam com o terrazzo. Por fim, os tetos de madeira proporcionam uma acústica agradável no átrio, permitindo tanto encontros abertos quanto reuniões mais privadas.